terça-feira, 18 de maio de 2010

João Cabral de Melo Neto

Análise da Obra

Morte e vida de severina, o texto mais popular de João Cabrald e Melo Neto, é um autor de natal do folclore penambucano e, também, da tradição ibérica. Foi escrito entre 1954-55.

Naquela ocasião, Maria Clara Machado, que dirigia o teatro Tablado, no Rio, pediria que João Cabral escrevesse algo sobre retirantes. O poeta escreveu, então, um grupo de poemas dramáticos, para "serem lidos em voz alta' e os dedicou a Rubem Braga e Fernando Sabino "que tiveram a idéia desse repertório".

Morte e Vida e Severina tem como subitítulo Auto de Natal pernambucano e tem inspiração nos autos pastoris medievais ibéricos, além de espelhar-se na cultura popular nordestina.

É por esse motivo que, no poema, João Cabral usa preferencialmente o verso heptassilábico, a chamada "medida velha", ou redondilho maior, verso sonoroso e facilmente obtido.

Morte e vida Severina esta dividida em 18 partes; no entanto, outra divisão muito nítida pode ser feita quanto à temática: da parte 1 a 9, compreende-se o périplo de Severino até Recife.

Sua linha narrativa segue dois motivos que aperecem no título "morte" e "vida". No primeiro, temos o trajeto de Severino, personagem-protagonista, para recife, em face da opressão econOmico-social, Severino tem a força coletiva de uma personagem típica. O auto de natal Morte e Vida Severina possui estrutura dramática: é uma peça de teatro. Severino, personagem, se transforma em adjetivo, referindo-se à vida severina, à condição severina, à miséria.

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